06/12/2011

Rock Calcinha

Não desistir é o começo de tudo

É eu não poderia mudar nada, nem se quisesse e não quero mesmo, acho que os erros por algum tempo pra mim, se tornou imperceptíveis. Mais quem nunca errou e sempre teve a tola indecisão de insistir no erro, é muito fácil julgar quem cometeu o erro se mesmo nem se quer você foi capaz de vivê-lo, há propósito pensava que era um erro, mais não era nada do que pensava, e nem era um erro. Lembro-me que quando me assumi como homossexual algumas pessoas nem mesmo sequer me cumprimentavam mais, outras me julgavam mais não sabiam que eu não escolhi, por que simplesmente fui escolhido, é analisando foi bem fácil; mentira nada é fácil quando você se assume ser quem realmente quer ser, mais é muito pior não ser quem você quer ser.

Eu não vou mentir chorei muito, dias, dias e mais dias, o bob nessas horas foi o meu melhor e mais inseparável amigo, é o nome que dou ao meu travesseiro, eu acredito que eu posso ser feliz, sabe? Mais há horas em que eu gostaria de ficar quieto no meu canto e ser invisível para algumas pessoas, que insistem em não me enxergar; é não vai fazer muito diferença né? Algumas dessas pessoas que se mostraram realmente falsos e totalmente preconceituosos me trataram como se fosse um paciente em estado terminal, ou uma pessoa com AIDS, sendo que apenas nasci assim, algumas me perguntavam como foi pra você sair do armário? Eu respondi nunca precisei sair do armário porque na verdade nunca estive lá.

E nem por isso, nunca usei de nenhum um artifício para me sentir frágil ou passar fragilidade para pessoas, nunca em hipótese alguma cheguei a pensar em tirar a minha vida porque acho que vai contra tudo o que eu acredito que seja vida, é existiram momentos que queria sumir ir pra algum lugar onde as pessoas me tratassem normalmente, não uma doença em forma explosiva, e está ai, não existia outro lugar e nem existe.

Mais eu cai, e em todas as vezes que cai eu soube me levantar, bullinyg é eu sofri bullinyg como a maioria das pessoas que sofreram ou vão sofrer, participei de campanhas, lutas contra o bullinyg e até cheguei a produzir um documentário acerca disso, um caso que me tocou muito foi o de um garoto de apenas quartoze anos, que todos os dias era agredido verbalmente e até fisicamente, ele não pode fazer a entrevista, quem foi entrevistada foi sua mãe, é mais porque ele não pode fazer a entrevista? Porque faz dois anos e meio que o Caio morreu, e como a maioria de muitos jovens ele escolheu a pior forma de se livrar de tanta dor, optou por tirar a sua própria vida, nesse momento a sua mãe ficou muito emocionada, pois ela me contará que quando o Caio havia se assumido, ela o expulsou de casa e o seu pai exclamou que não queria um filho doente dentro de casa, desde então ela só pode ver ele no IML para reconhecer seu corpo, Caio cortou seus pulsos e logo após deu um tiro no ouvido, eu fiquei chocado e me emocionei quando sua mãe disse; eu não pude dizer que o amava, nunca mais vou poder.

É o se levantar de um tombo desses já é mais complicado, mais aceitar é o começo de tudo, eu aprendi muito porque vi que amigos meus ou amigos de amigos meus, não sobreviveram à pressão, e não escolheram o melhor caminho, e a frase que eu deixo agora é. O sorriso sempre virá depois de uma lagrima e depois de uma derrota sempre virá à vitória.

(Vinicius Sousa)


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