À solidão é parte intrínseca da depressão? Estar só nos meus dias representa tanta coisa, e nada ao mesmo tempo. Estar só muitas vezes me exaure dos compromissos que tenho com as pessoas . tenho essa ânsia de ficar só dormindo o dia todo, porque durante a noite meus pesadelos assombram-me. Lidar com a parte da ansiedade me é ainda mais angustiante. Pois se por um lado vomitar (por) tudo o que me incomoda no papel é uma tarefa libertadora, também é algo cansativo. Durante esse processo de exílio forçado tenho percebido nos sentimentos que são muitos, as fobias, as manias os medos... é estranho só esperar coisas ruins sempre, é meio que se acostumar porque você pensa “é só outra coisa ruim, talvez passe logo, talvez demore uma eternidade “. Dormir nessas horas tem me consolado muito confesso, pois me afasta das preocupações de coisas simples do dia a dia. Das manias, da minha falta de empatia. Dormir durante o dia me traz paz, a paz que a noite transforma num triatlo infernal. Faz muito tempo desde a última vez que escrevi com propriedade sobre sentir, talvez tudo de bom do amor e das alegrias eu nem soubesse o que escrevia, e muito menos com profundidade, pois a maioria dos romances que vivemos são apenas sonhados. Então sim, é mais denso, escrever sobre as “nuances” da palavra solidão, pois pra mim ela me atordoa e me conforta. Neste momento estou sem culpas ou pesos, só estou só, acho que por escolhas que vão além do meu consciente, é mais um modo automático onde apenas eu como, banho algumas vezes, e durmo durante boa parte do tempo. Estou virando musgo.
Trovador de Prazins
16/05/2021
13/06/2014
Enfim finados. Ah não conclua essa frase como uma ironia minha, apenas veja que o meu pesar é sincero. Estou aqui mais uma vez falando sobre coisas que disse que nunca mais ia falar. Acho que não foi amor, foi algo melhor além do que a sociedade nomeou, foi nossa idiossincrasia. Acho que da primeira vez também não foi amor, mas achei que fosse. Brigas? Ah existem tantas brigas com tantos casais por ai, com tantas pessoas, com tanta gente na rua em casa, no trabalho, mas por trás disso tudo há aquela doce preocupação que só quem ama é capaz de sentir.
Sempre acreditei e continuo acreditando que se você quer que algo dure e seja de verdade, é preciso passar pelas brigas. Não me disseram que os grandes amores são provados nas épocas de raios e tempestades! Pois então. Ainda continuo sendo o tolo, o romântico chato e exacerbado. Foi bom tudo, desde as brigas e até as lágrimas, a gente aprende a dar valor quando perde né?! Talvez amigos? É cedo de mais querido pra tudo isso de amizade, ainda tenho o vazio da sua ausência preenchendo esse espaço, quem sabe um dia a gente se ajeite e possa estar feliz por estar seguindo em frente como breve farei.
Hoje eu traguei tantos cigarros, um buraco bem grande de solidão pungiu dentro de mim, eu precisava aliviar a pressão da sua ausência e fumei até que doesse meu peito, cheguei em casa e pensei que pudesse não estar bem como eu, e sorri (ops! Isso foi horrível, mas me fez sentir bem, perceber que não era só eu que sentia por nós). Um dia, a pouco tempo atrás, ele disse que estaríamos perto pra sempre e quebrou a promessa, hoje eu entendo, é típico de quem é humano sabe, eu acho isso tudo uma beleza, essa garra de se assumir incapaz de segurar o mundo. Apenas veja que vou ficar bem, não hoje, hoje tá sendo impossível.
Sorri com uma dor no estômago.
(Vinicius Sousa)
Sempre acreditei e continuo acreditando que se você quer que algo dure e seja de verdade, é preciso passar pelas brigas. Não me disseram que os grandes amores são provados nas épocas de raios e tempestades! Pois então. Ainda continuo sendo o tolo, o romântico chato e exacerbado. Foi bom tudo, desde as brigas e até as lágrimas, a gente aprende a dar valor quando perde né?! Talvez amigos? É cedo de mais querido pra tudo isso de amizade, ainda tenho o vazio da sua ausência preenchendo esse espaço, quem sabe um dia a gente se ajeite e possa estar feliz por estar seguindo em frente como breve farei.
Hoje eu traguei tantos cigarros, um buraco bem grande de solidão pungiu dentro de mim, eu precisava aliviar a pressão da sua ausência e fumei até que doesse meu peito, cheguei em casa e pensei que pudesse não estar bem como eu, e sorri (ops! Isso foi horrível, mas me fez sentir bem, perceber que não era só eu que sentia por nós). Um dia, a pouco tempo atrás, ele disse que estaríamos perto pra sempre e quebrou a promessa, hoje eu entendo, é típico de quem é humano sabe, eu acho isso tudo uma beleza, essa garra de se assumir incapaz de segurar o mundo. Apenas veja que vou ficar bem, não hoje, hoje tá sendo impossível.
Sorri com uma dor no estômago.
(Vinicius Sousa)
17/03/2014
Eu te conheci meio sem querer e
você foi uma das melhores surpresas que aconteceu na minha vida. Acontece que
essa frase está no passado é onde nós permanecemos, é mais bonito dizer que
você ficou lá. Quanto tempo depois que o ano virou. Pensei que não suportaria
não ouvir “olhe o sol, é o mesmo que vejo” a lua e eu o vento. Já não sinto
mais dor quando penso em você, porque já falo pouco de ti ou quase nada. Sinto
que o nosso tempo era pequeno, mas que já nos conhecíamos desde outras
eternidades, como sua mão grande pairava no meu rosto e meus lábios beijavam os
seus, ao entardecer, ao pensar com minha cabeça repousada em tuas pernas e seus
pequeninos e cansados olhos a me olhar eu temia, temia não pode ser teu. Você
tinha tudo e quando digo tudo eu digo tudo mesmo, se quisesse até minha alma,
mas algo disse que a minha alma você não tem que ela é algo irreparavelmente
grande pra toda aquela sua pequenez, essa que me separou do homem que imaginava,
Deus está morto, como canta, mas eu estou bem e seguindo em frente junto com as
trevas, veja meu querido não é algo que me orgulhe e não é um mau o que falo
apenas me sinto bem na escuridão, sem meus olhos ou meus pensamentos a me
atormentarem. Veja bem amor, hoje não sonhei com a gente, quase nem lembro mais
da sua voz.
(Vinicius Sousa) Declaro
separados com comunhão de “bens”.
16/12/2013
The Afternoon
Esperei por um
segundo a sanidade voltar, cama desarrumada, móveis revirados, preludio da
manhã e breve o enterro de nossos corpos mais o abraço mais quente e verdadeiro
da face da terra. Um verde campo e a fotografia em sépia desbotando entre os
dedos gordurosos dos anos vans. Estendi no espaço da alma o silêncio da fala
olhando vagarosamente entrepensando porque não ele, a separar da última pelada
o grito de vitória e o boom do lance no suor péssimo da derrota?
Prepara meu café da manhã, torradas e geleia
de damasco. Olhos preocupantes correndo o pé direito da casa ofuscado pela claridão
negra de seu daltonismo. Os olhos de Clarice e Miguel que se despedem antes de
nós, em meio à densa chuva plainando um disco voador sobre o Del Rey 1967. A
vista o infinito depois da ponte Helevy, nós sozinhos na cama e na sala,
sorrindo para o silêncio das bocas nuas. Ao longe se vai hibernando no lago de
gelo o carro de nós suicidas, voando como uma bola de baisebol. Aterrissando
fortemente contra o gelo, congelado para a eternidade, o olhar afundando
lentamente, as pupilas dilatando, a visão caçando o futuro...o futuro morrendo.
Que manhã
doente. Estão no sepultamento de Henry, que toca as mãos fúnebres de seu amado
companheiro com olhos de ver navios, e esquecendo de vez toda a história do
porto. As bocas quentes de despedida, rosas brancas num farol de incontroláveis
saudações e tessituras da imagem. Henry por cima de mim, por cima do silêncio e
por cima a treva e por cima a claridão e por cima a eterna morte espetaculando
como todos, a bela fotografia vintage de um Disney não lançado em um afternoon
barulhento e vazio.
(Vinicius Sousa)
23/11/2013
B/V(em) meu mal
Beethoven , minha lua de luz. Ao
escurecer da noite, a madrugada se estende mansa em calma. Hoje chove sob meu
teto negro, escorrem as gotas frias que não muito antes molharam o chão da
minha cara enquanto corria a me proteger da fria água afim de não contrair um
resfriado. Fiquei pensando em uma cena triste e angelical, um selar da paz com
as duas traduções mais fieis do começo de tudo. Luz e trevas, bem e mal, Deus e
lúcifer.
Meus olhos giraram, minha luz da
lua passando contente cada nota em sua mais suave vagareza, e o ruído das gotas
como disse estalando na calha de casa. Lucífer com seus belos olhos ora azuis ora
negros falou comigo em sonetos e análises, imaginei todo um céu de dor e supus que
o fim possa nem existir se tivermos coragem de existir. Suas mãos são suaves e ele só quer o meu bem,
como Deus também quer. Estou sob minha cama friorenta, o relógio das horas esta
derretido em Dali.
Deus e o mal convivem
infinitamente bem até hoje, se não teríamos explodido com um estalar de dedos.
Muitos sofrem, e eu não entendo essa história de liberdade se é uma grande
invenção ou uma amarga ilusão criada de um sonho ideal. Lucífer mergulha seu corpo de luz na luminescência
divina e tenta socorrer calado as caricias de seu Maomé. Diz-me que não posso
atravessar a lava descalça sem me torturar, e me carrega no colo, mas me livra
da dor.
Eu entendo tudo o que não posso
entender, só não entendo quem sou. As pazes, por favor, não pareçam como a Rússia.
Na guerra de 42 Alemanha má e austera. Queria
ter a mesma perseverança pro bem como tenho pro mal, e vice-versa. Meus
cadeados gritam molhos de chaves, eu não estou aqui por isso não estou ai, não
há distinção, quero que o bem precise do mal e vice-versa pra existir. Se fossem
meus esses pensar etéreo diria que vivo pra esperar uma história que
escreverei, mas não. Os cientólogos já provaram que o bem precisa do mal pra
existir, que ele precisa ser vitorioso, que só assim tudo faz sentido, pois tudo
tem um sentido, por excelência. Não mais
diferente eu deva ter um sentido. Garoa, garoa a minha janela, e porque não
nutrimos, ou imaginamos que no fundo dessa rivalidade falida e vitoriana ainda
existam um laço pazmal, onde enterrei meu sentidos?
(Vinicius Sousa)
Ler ouvindo: Moonlight Sonata - Beethoven
Ler ouvindo: Moonlight Sonata - Beethoven
21/10/2013
Ouvi Lúcifer dizer que sentia falta de estar com Deus.
Quando for bonito de amago, vou pensar nas suas palavras e chorar sorrindo. O mundo havia copulado numa noite sombria e partilhado do meu sofrimento com outras pessoas. Dizia seu amor, que a loucura era um bem natural da vida. A esfregar os olhos parvos de sono, a aurora em seu estado de sol brilhou em meu rosto. Foi como se uma aura de cristal inundasse meu ser, o zíper das minhas costas abrissem e minha alma voasse. Dedilhando as notas suaves de Beethoven prevejo um céu morrendo no meu rosto e as cicatrizes fenecendo no grande azul opala.
Hoje fui ao nirvana, dancei com Marley, vendi as minhas roupas para Cérbero, dancei nu no grande centro do Paraíso. Eu e Jesus nos beijamos, senti falta do sussurro quieto dos seus lábios me dizendo o que fazer, havia me perdido da seta. É bom regressar ao lar. Satan!!!, Meu hebraico quebrado agradeceu a beleza dessas palavras e pude sentir uma paz de espirito ao ver Lúcifer chorando sob os pés de Deus, minha mão tremula o grande salgueiro retorcendo em chamas, seus grandes cabelos de aura amarela, meus lábios róseos acariciando seu pescoço. Pondo-me nos braços e rindo num murmúrio que a carne do corpo tremia ao luzir seus dentes brancos radiantes.
Quando for anjo enfim tocarei o céu da boca e desfrutei do prazer do paraíso, minha estrada sendo ladrilhada, seu amor dócil e bondoso caminhando ternamente num vale escuro, eu rindo e chorando, suas mãos acabando num mar fúnebre de silêncio. As horas partem querido, é hora de regressar. Ao passado somos pó, estarei estado de cometa, mergulharei nas asas ambíguas e cairei como caem todos, frágil e choroso.
Vinicius Sousa
Ler ouvindo: Beethoven - Moonlight Sonata
Hoje fui ao nirvana, dancei com Marley, vendi as minhas roupas para Cérbero, dancei nu no grande centro do Paraíso. Eu e Jesus nos beijamos, senti falta do sussurro quieto dos seus lábios me dizendo o que fazer, havia me perdido da seta. É bom regressar ao lar. Satan!!!, Meu hebraico quebrado agradeceu a beleza dessas palavras e pude sentir uma paz de espirito ao ver Lúcifer chorando sob os pés de Deus, minha mão tremula o grande salgueiro retorcendo em chamas, seus grandes cabelos de aura amarela, meus lábios róseos acariciando seu pescoço. Pondo-me nos braços e rindo num murmúrio que a carne do corpo tremia ao luzir seus dentes brancos radiantes.
Quando for anjo enfim tocarei o céu da boca e desfrutei do prazer do paraíso, minha estrada sendo ladrilhada, seu amor dócil e bondoso caminhando ternamente num vale escuro, eu rindo e chorando, suas mãos acabando num mar fúnebre de silêncio. As horas partem querido, é hora de regressar. Ao passado somos pó, estarei estado de cometa, mergulharei nas asas ambíguas e cairei como caem todos, frágil e choroso.
Vinicius Sousa
Ler ouvindo: Beethoven - Moonlight Sonata
14/10/2013
ENTRECRUZANDO OS ABRAÇOS DAS MÃOS.
Todos não são como você, você não
é todos, e tudo faz sentido desde o início, porque partimos, e amei de novo,
porque as flores secaram, e o brigadeiro é minha única bondade nos dias
chuvosos. Ontem medimos as estrelas, e as flores das fotos estão do outro lado
do hemisfério, é tudo tão divertido, eu não posso pular etapas, também nunca
poderia abrir mão de seu amor ou de qualquer outro, contanto que ele fosse
bonito e me fizesse sorrir. Caminhar e ser sincero comigo, ao me distanciar de
você, a falta de você às vezes faz falta, então eu grito para céu e peço perdão
por alguma coisa que eu nunca cometi.
Você sabe como sou uma confusão
estelar, um diário de Sofia, ou uma curiosidade de Liesi, todos estão vivendo
de cada lado, é bom imaginar algo hoje, não amanha, os planos de amanha podem
mudar, a vida amanha pode nem acontecer, e enquanto isso hoje eu me divirto.
Dear,vai ser bom ver todos os
flashes da minha vida num filme vintage, enquanto eu te beijava e ele sorria,
enquanto eu chorava e uma mão acabava com o meu sofrimento eu fui inconstante
em todos os momentos, desde a melancolia
a euforia. Eu fui eu e não sabia.
Vinicius Sousa
08/09/2013
O DIA DEPOIS DE AMÃNHA
Sobre o que escrever agora?
Parecem tantos meses que ainda não sei se existe ou se já morreu pra mim. São
apenas duas semanas, e os conflitos já nem existem mais, e te pergunto, por
isso estamos frios? Por isso estamos separados? Por isso estamos nos perdendo?
Eu me choquei hoje e semana passada num mar de fotos e lembranças boas e do que
poderíamos ter sido, mas é só minha ilusão. Eu sou apenas um refém dos meus
sentimentos.
Alguns já passaram por mim, e eu
procurei você neles, algum resquício que lembrava você, mas não completava todo
o mosaico. Indago-me se é amor isso que eu sinto por você. Não é vazio, porque
vazio é um buraco esperando ser preenchido. É saudade de que algo que volta de
um xodó por assim dizer. De um bem querer tão longe daqui, que exalo ao
cheirar-te.
Procurei na bagunça das minhas emoções,
um começo nosso que fosse sólido, ainda procuro. Sonhei com você hoje enquanto
cochilava, você apareceu todo borrado com uma mala nas mãos e uns óculos de
sol, podia ouvir turbinas de avião, ver gente indo e vindo de um lado pro
outro, guichês repletos de pessoas eufóricas porque faltavam apenas duas
semanas para o natal, me dei conta que era dezembro, mas você não sorria, e que
mentira a minha, eu só de te vi mesmo borrado em sonhos o resto foi só desejo.
As aves que migram, os barcos que
velejam, o meu corpo que cai o seu que se decaí sobre o meu. Tristes histórias
foram marcadas por momentos felizes, e você chora porque tudo que foi bom te
causa lágrimas, e eu lamento ter dizer isso, não vai ser como antes vai? A flor
da minha boca desabrochando nos teus lábios, e eu mais uma vez retornando aos
clichês. O dia está amanhecendo e eu estou com medo, cada dia que passa é menos
um. Será que vai chegar o nosso dia?
(Vinicius Sousa)
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