12/04/2013

Toque de Veneno

Meu toque de veneno é uma verdadeira bomba nas suas nadadeiras… Não repito o inominável apenas observo severo e, atento que amo abismos, mas meu para-quedas sempre falha e ao que parece a imortalidade é uma maldição. Apesar de te amar me amo mais, não digo que sofri quando repentinamente cai na existência da realidade. Dizem que minhas ilusões me vomitaram e minhas expectativas parvas e borboléticas se aniquilaram em seguida, fui o que te foi, e com essa dor pretendo me curar. Mapear o giro do globo, traçar um destino e caminhar “on the road”, ser assim mesmo, meio oito ou oitenta, meio a meio que seja. Me surpreender em todas as causas possíveis. Só sabia escrever porque tinha tela, mas a tela não me tinha e eu me via nela, e contava os segundos das horas até nosso próximo encontro. Eu não enxerguei. O precipício dos precipitados, dos mesmos que mantem o equilibro andando de bicicleta, caem, se machucam e, não aprendem: de verdade? Acho que esses são os genuínos. Não quero ser algo parecido e, quero. Sei ser só escrevinhador mesmo, entusiasta do circo das lágrimas. Só chorar sobre o meu próprio corpo, e isso não serve.

(Vinicius Sousa) 

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