L.A
(Country Club, prostitutas e algum
amor)
My Sunshine. Hoje nossa musica
foi numero um na rádio, Cash sabe mesmo como nos alegrar entristecendo-nos em
pleno verão com aquele seu sol brilhante que tem algum caso com as quatro luas
de Vênus. Acordei com a sensação de ter voltado nos tempos dourados, os vestidos
rodados, meu queixo sobre seu ombro, minhas lágrimas no seu suéter, uma
melancolia bonita e um pouco de country fazendo-nos botar tudo pra fora, sanar
a dor e o tristecídio com alguns copos de cerveja.
As moças do Country Club eram
jovens e bonitas, sensuais e bem alinhadas, admito que seus sorrisos e o jeito
como se vestiam encantavam a todos, até o xerife mais austero e distinto da
cidade. A cada novo cliente que no bar entrava, uma gama de bocas cheias de
carmim se alargavam como se quisessem convida-lo a pular o prato principal e ir
direto para a sobremesa. Era típico como a vulgaridade e ingenuidade galgavam
tão bem por ali. Os que não eram preocupados com a cerveja eram com as meninas
ou então trabalhavam e cansados iam dar uma passeada no Country Club. Era o
único de Davil, bem intimista e convidativo, frequentado em sua maioria por
velhos a procura de diversão e boys a procura de velhos, velhas a procura de
garotos, e garotas a procura de jovens, velhas e velhos.
Era bom se preocupar com esse tipo
de coisa, era o que tinha para o resto de toda a semana. Nas paradas de sucesso
disparado Cash ficava permanentemente no primeiro lugar. Lembra que prometeu me
levar para L.A, lá tinhas os melhores produtores de musicas, os melhores
cantores e as melhores prostitutas da região, dizem que suas genitálias eram os
olhos da cara, por isso de tantas meninas do interior terem saído pra L.A pra
buscarem seus sonhos. Longe de tudo isso estava à gente no alto da colina dos
ventos uivantes, o rarefeito vento assobiava e o sol todos os dias se punha sob
nossas vistas. Meu maior medo como sabe, era que nos perdêssemos um do outro. Diziam
que L.A era deslumbrante e irrecuperável. Jhonny gemeu nos meus ouvidos,
enquanto minha boca acariciava seu pênis rígido e quente.
- meu amor não há nenhuma dor que
o prazer não disfarce.
- como é lá? Como fazem? Como
deixam que saia de lá sem pagar nada?
- elas simplesmente não fazem
questão.
(Meus seios latejaram, enquanto a
superfície macia da sua língua umedeceu minha flor, estava bela como nos dias
da primavera.)
- Então... Isso é o efeito do
nosso amor. Me amaria se quisesse só sexo?
- Acho que sim. Mas não deveria
não é?
- Não. Isso só te machucaria.
- Sabem o que dizem sobre essa
história de jogo?
- Quê?
-Uma hora é você quem perde o
direito de dar as regras.
Sabíamos que as histórias de
prostituas às vezes terminavam bem algumas muito ricas sem amor, porém esticadas.
O seu sexo e como mexiam seus corpos deviam ser mesmo valiosos. Impunham certos
tipos de regras, como: não haja amor, não haja amor, não haja amor, não se
apaixone. Esse tipo de coisa que toda puta tem como regra na cartilha.
Lembro-me de uma que tocou meu pênis com
imenso carinho. Abriu minha braguilha com o cuidado de um ladrão, se apropriou
do pênis com as suas mãos, manuseou de forma que crescesse em suas mãos. Sua
experiência eram armas preciosas na obtenção do prazer de seus clientes. Desci
minhas calças até os joelhos, e ajoelhada passou por todo céu de sua boca, suas
pequenas mãos agarraram minhas bolas enquanto toda minha pele espinhava em seu
rosto.
Meus olhos doíam de prazer, eram
oblíquos seus olhos, meus dedos começaram a penetrar sua vagina, seus lábios
eram macios e já úmidos desabrochava a cada novo toque dos meus dedos grossos.
Meu PAU lateja sob a carne dos seus seios, então... A virei rapidamente de
costas, e com veemência puxei os cabelos de sua nuca, cabelos grossos e lisos
de um ruivo brilhante na sua intensidade de fogo. Agora um corpo estranho de um
desconhecido invadia todo o seu segredo, e remetia a angustia de um gemido
rouco ao prazer de dois.
Gozei sobre suas costas brancas e
macias. Partilhamos do segredo de nunca mais nos vermos, dois desconhecidos. Um
vendendo prazer, o outro comprando. A cidade dos anjos sabia o sexo que tinha.
O nosso amor, diante de tudo e todos ali era um estalido limpo e pleno,
alvejado de notas e mais notas crescentes ao tardar do tempo.
- Você morreu nela?
- Eu morro em você.
- Morrer pra mim é morrer para o
mundo.
- Eu morro em você, e só quero
voltar a viver quando for com você.
- O amor é um café requentado
para os que não têm tempo, correm sempre e não param pra se olharem. Acabando
acreditando que beber café é bom – Apática.
Enquanto Jhonny corria com sua
hornet no asfalto quente de L.A, falando como era a vida antes e como agora as
coisas mudaram, eu percebi que o amor estava ali nas entrelinhas da prostituta
que ele comeu, do amor que rezou por mim, de como queria me jogar na cama de
algum produtor de musica, ele me amava de verdade. Eu preferia acreditar que
sim, tem pessoas que acreditam.
(Vinicius Sousa)
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