04/12/2011

Paris



Por que Paris parece tão complexa e fascinante?
São espinhos plantados na cama de quem é solteiro
Não pise em Paris, se for caminhar sozinho

E beijo tuas sete vértebras,
Pois nasci de tuas costelas
Solto suas mãos, pois se soltei,
Eu vou correr de Paris, pois amantes que são solteiros,
Aqui são proibidos, morrem secando a felicidade alheia,

Com um egoísmo que salta aos olhos
Eu disse você faz me tremeluzir as mãos, e sorrir os olhos.
Você os metrifica, na nossa pureza,
Onde poeira oriunda de nenhum lugar suja
A nossa obra, feita a mão

Custou-nos tanto baby
Prende-me o grito a boca, e de susto,
O teu peito me chama
Ei, ei, eu precisava que suas mãos, mostrassem o caminho
Não. Eu pedi demais, isso era injusto com você
Nós precisávamos descobrir os caminhos juntos

Por que Paris der repente parece-me tão sem luz e morta nas madrugadas?
Por que a chuva não nos lava mais a cara?
Pois agora Paris não cede nenhuma gota de sua chuva
Nós nos perdemos, e não reencontramo-nos, ainda procuro o tracejo que fiz,
Com as migalhas dos pães

Mais Paris mesmo assim querido, Paris me prende,
Rasga ainda mais o que em hemorragia está
E me joga naqueles becos onde uma opera,
Faz-se com um bêbado tocando um violino, um tango argentino
Enquanto nem seu corpo eu tenho nas noites frias pra velar
Paris nos Perdeu nos Perdemos Paris, Paris nos Odeia, mas nos ama

                                                                            (Vinicius Sousa)



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